Por Maya Gebeily e Timor Azhari e Laila Bassam
BEIRUTE (Reuters) - Os libaneses votaram neste domingo na primeira eleição parlamentar desde o colapso econômico do país, com muitos dizendo que esperam dar um golpe nos políticos governistas que culpam pela crise, mesmo que as chances de grandes mudanças pareçam pequenas.
A eleição é vista como um teste para saber se o Hezbollah, fortemente armado e apoiado pelo Irã, e seus aliados podem manter sua maioria na assembleia em meio à crescente pobreza e à raiva dos partidos no poder.
Desde que o Líbano votou pela última vez, em 2018, o país sofreu um colapso econômico que o Banco Mundial diz ter sido orquestrado pela classe dominante e uma explosão massiva no porto de Beirute em 2020.
Mas, embora os analistas acreditem que a raiva pública possa ajudar candidatos reformistas a conquistar alguns assentos, as expectativas são baixas para uma grande mudança no equilíbrio de poder, com o sistema político sectário inclinado a favor dos partidos estabelecidos.
O colapso marcou a crise mais desestabilizadora do Líbano desde a guerra civil de 1975-90, afundando a moeda em mais de 90%, mergulhando três quartos da população na pobreza e congelando os depósitos bancários.
Em um sintoma do colapso, pontos de voto em todo o país sofreram cortes de energia no domingo.
Brigas e outras disputas interromperam a votação em vários distritos, segundo a agência de notícias estatal, demandando a intervenção das forças de segurança para que pudesse ser retomada. O ministro do Interior, Bassam Mawlawi, disse que os incidentes permanecem "em um nível aceitável".