MONRÓVIA (Reuters) - A Libéria relatou seu primeiro caso de Ebola em semanas nesta sexta-feira, disseram autoridades de saúde, um revés em seus esforços para pôr fim à pior epidemia do vírus mortal já registrada.
Um funcionário do governo, que pediu para não ser identificado, disse que o paciente veio de Caldwell, um subúrbio da capital que não fica distante da vizinhança de St Paul's Bridge, último foco de casos da doença.
O surto já matou mais de 10.200 pessoas, a maioria na Libéria, na vizinha Guiné e em Serra Leoa, todas ainda combatendo a febre hemorrágica.
"Hoje, um paciente testou positivo para o Ebola no centro de transição administrado pelos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Hospital Redemption do Ministério da Saúde da Libéria", declarou Adolphus Mawolo, porta-voz do MSF em Monróvia.
O governo tinha esperança de declarar o país livre do Ebola no mês que vem, 42 dias após o segundo teste negativo do último paciente – período que representa o dobro do tempo de incubação do vírus.
A Libéria, que detectou seu primeiro caso de Ebola quase um ano atrás, já tinha passado 16 dias sem novas infecções, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O governo estimou a cifra em 27 dias sem novos casos, e liberou seu último paciente conhecido no dia 5 de março.
A Monróvia era o pior foco da epidemia em meados do ano passado, mas desde então centenas de milhões de dólares em auxílio e a mobilização de soldados dos Estados Unidos ajudaram as autoridades a deter o vírus.
(Por James Harding Giahyue)