Por Nelson Bocanegra e Oliver Griffin e Julia Symmes Cobb
BOGOTÁ (Reuters) - Miguel Botache Santillana, mais conhecido como Gentil Duarte, que lidera uma facção de guerrilha composta por rebeldes antes associados às Farc que continuaram armados após um acordo de paz do grupo com o governo da Colômbia, foi considerado morto na Venezuela, afirmou o ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, nesta quarta-feira.
Embora a maior parte dos membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) tenham se desmobilizado com o acordo de 2016, que encerrou a atuação da guerrilha no conflito de quase 60 anos do país, dois grandes grupos o rejeitaram e, de acordo com as forças de segurança, continuaram a participar do tráfico de drogas e da mineração ilegal.
"Informações de Inteligência da Colômbia sugerem que Gentil Duarte foi morto no Estado de Zulia, na Venezuela, após um confronto entre grupos narcotraficantes e terroristas", afirmou Molano a jornalistas.
Os grupos, que lutam contra o governo e entre eles, contam com um total de 2.400 combatentes, segundo o Exército colombiano, estimando que um terço dos dissidentes estão na vizinha Venezuela.
Duarte deixou a Colômbia em busca de refúgio no país vizinho após duas operações militares contra ele no ano passado, afirmou Molano.
O governo colombiano acusa repetidamente o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de abrigar dissidentes e até de permitir que oficiais militares se aliem com o grupo Segunda Marquetalia em negociações do narcotráfico.
A Venezuela sempre negou as acusações. O governo venezuelano não respondeu imediatamente a perguntas da Reuters.