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Líder de junta militar de Guiné critica democracias ocidentais em meio a onda de golpes

Publicado 21.09.2023, 21:03
© Reuters. Líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, discursa à Assembleia Geral da ONU
21/09/2023
REUTERS/Brendan McDermid

DACAR (Reuters) - O líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, disse à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira que o modelo ocidental de democracia não funciona na África, algo que teria sido evidenciado pela sequência recente de golpes no continente.    Doumbouya assumiu o poder por meio de um golpe em 2021. Outras sete nações da África Central e Ocidental foram alvo de ações parecidas nos últimos três anos. Atualmente, Mali, Níger, Burkina Faso, Chade e Gabão também são governados por militares.    Os golpes foram duramente condenados pela ONU e pelas potências ocidentais, como os Estados Unidos e a França, que pediram para que a democracia fosse restabelecida o quanto antes. Doumbouya criticou a reação de tais países, chamando-a de racista e condescendente.    “A África está sofrendo com o modelo de governança que foi imposto a ela, um modelo que é bom e efetivo para o Ocidente, mas é difícil de ser adaptado às nossas realidades, costumes e ambientes”, afirmou ele aos líderes reunidos em Nova York.

    “É hora de parar de querer nos ensinar e nos tratar com condescendência, como se fôssemos crianças”, disse, acrescentando que os africanos são maduros o suficiente para desenhar seus próprios modelos de governança.    O governo de Doumbouya propôs uma transição de dois anos para eleições em 2022 depois de negociar com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, mas a organização de um pleito efetivamente pouco avançou.    Os países ocidentais, como a França, estão particularmente preocupados com os golpes em Mali, Burkina Faso e Níger, onde governos militares cortaram laços com a ex-metrópole dos tempos coloniais e fortaleceram as relações com a Rússia.    Doumbouya disse que as nações africanas foram injustamente colocadas em caixas e forçadas a tomar lado em batalhas ideológicas da era da Guerra Fria, algo sem relevância nas relações atuais dos Estados. Ele afirmou que os africanos não são antiamericanos, chineses, franceses, russos ou turcos, são “apenas pró-África”.    “Colocarnos sob a influência desta ou daquela potência é um insulto. É desprezo e racismo com um continente que tem mais de 1,3 bilhão de pessoas”, disse.    Ele assumiu o poder ao derrubar Alpha Conde, presidente da Guiné com então 84 anos, que tinha mudado a Constituição para concorrer a um terceiro mandato, o que desencadeou protestos no país.    "Os verdadeiros golpistas, os mais numerosos e aqueles que evitam qualquer condenação, são também aqueles que conspiram e maquinam... para permanecerem no poder eternamente", concluiu Doumbouya.    (Reportagem de Bate Felix)

© Reuters. Líder militar da Guiné, Mamady Doumbouya, discursa à Assembleia Geral da ONU
21/09/2023
REUTERS/Brendan McDermid

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