Por Nelson Banya e Nyasha Chingono
HARARE (Reuters) - Os resultados parciais das eleições parlamentares do Zimbábue sugerem que a liderança do partido no poder está crescendo nesta sexta-feira, mas observadores eleitorais disseram que a votação não atendeu aos padrões internacionais e foi conduzida em um "clima de medo".
Espera-se que o partido ZANU-PF, do presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, se mantenha no poder depois de 43 anos, na votação parlamentar e presidencial realizada na quarta-feira.
Uma apuração da emissora estatal ZBC mostrou que o ZANU-PF venceu 101 cadeiras e o principal partido da oposição, a Coligação dos Cidadãos para a Mudança (CCC), venceu 59, de um total de 210.
O resultado da eleição presidencial ainda não foi anunciado. A previsão é de cinco dias após a votação.
Mnangagwa, de 80 anos, procura a reeleição em um momento em que o país do sul da África lida com uma inflação crescente e um desemprego elevado, com muitos zimbabuanos dependentes de remessas de dólares de familiares no estrangeiro para sobreviverem.
Seu principal adversário é o advogado e pastor Nelson Chamisa, de 45 anos.
As chances do Zimbábue resolver a crise da dívida e obter empréstimos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão em jogo, uma vez que os credores estrangeiros afirmaram que uma votação livre e justa é uma pré-condição para qualquer negociação significativa.
(Reportagem de Nelson Banya e Nyasha Chingono)