BERLIM (Reuters) - Líderes da União Europeia concordaram que o líder conservador alemão Manfred Weber não será o presidente do Comissão executiva do bloco, segundo fontes familiares com a decisão citadas pelo jornal alemão Die Welt nesta sexta-feira.
A decisão foi tomada durante negociações durante a cúpula do G20 em Osaka, no Japão, segundo o Die Welt.
Se confirmado, esse compromisso deve ser um golpe para a chanceler Angela Merkel, que apoia a candidatura de Weber para substituir Jean-Claude Juncker.
O presidente francês, Emmanuel Macron, se opôs à candidatura de Weber, em parte por causa de sua falta de experiência em cargos de alto escalão.
Em uma reunião de cúpula neste mês, os líderes da UE não conseguiram chegar a um acordo sobre quem ocupará os principais cargos do bloco após a eleição parlamentar de maio. Entre os postos está o da chefia da Comissão Europeia, que possui amplos poderes sobre assuntos que vão do comércio entre os países às regras de competição e as políticas climáticas.
Weber é líder do Partido Popular Europeu (PPE), o bloco conservador que conquistou a maior parte dos assentos na eleição e que inclui os Democratas Cristãos de Merkel.
Um diplomata sênior disse à Reuters que o socialista holandês Frans Timmermans, um dos vices da Comissão, era o favorito para suceder Juncker.
“Timmermans é o mais bem colocado”, disse o diplomata.
Os 28 líderes nacionais da UE devem se reunir em 30 de junho para definir quem ocupará os cinco cargos de alto escalão da Comissão Europeia que ajudarão o bloco a navegar por desafios internos e externos.
(Reporting de Joseph Nasr e Belen Carreno)