(Reuters) - O casamento entre pessoas do mesmo sexo permanecia em espera na Louisiana e no Mississippi, até mesmo depois de a decisão desta sexta-feira da Suprema Corte dos Estados Unidos de legalizá-lo em todo o país levar casais gays a oficializar a união em outros Estados que proibiam tais uniões antes do veredicto.
Na Louisiana, o gabinete do procurador-geral, o republicano Buddy Caldwell, emitiu uma declaração dizendo que não tinha "achado nada na decisão de hoje que tornasse a ordem da Suprema Corte efetiva imediatamente".
Um órgão responsável pelos cartórios advertiu os tabelionatos a não emitir certidões de casamento por 25 dias, período no qual a Suprema Corte poderá ser acionada para realizar uma nova audiência, disse o advogado de Nova Orleans Brandon Robb, que trabalha com a comunidade gay.
O Mississippi estava esperando até que um tribunal inferior levantasse uma proibição para começar a emitir licenças de casamento para casais do mesmo sexo, disse o procurador-geral Jim Hood, um democrata, acrescentando que o seu gabinete não irá causar impedimentos.
Três casais gays se casaram em Hattiesburg, no Mississippi, onde o cartório emitiu brevemente licenças de casamento antes de suspender o serviço, de acordo com a Campanha para a Igualdade no Sul, um grupo pró-casamento gay.
Embora a decisão tenha sido criticada por muitos líderes estaduais republicanos, casais gays começaram a se casar ou devem fazê-lo em breve em muitos dos 13 Estados onde a união era proibida. A lista inclui Arkansas, Geórgia, Kentucky, Michigan, Missouri, Nebraska, Ohio, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Tennessee e Texas.
(Reportagem de Kathy Finn, em Nova Orleans; de Wayne Hester, em Birmingham; de Therese Apel, em Jackson; de Fiona Ortiz, em Chicago; e de Jon Herskovitz, em Austin)