CAIRO (Reuters) - Um líder aprisionado da Irmandade Muçulmana, grupo banido no Egito, morreu nesta quarta-feira, disseram fontes de segurança. Apoiadores alegaram que sua morte ocorreu porque as autoridades não lhe proporcionaram cuidados médicos adequados.
Farid Ismail, de 57 anos, era um parlamentar durante o governo do presidente Mohamed Mursi, outro líder da Irmandade deposto em meados de 2013 pelo então chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sisi, após intensas manifestações populares.
Sisi, o atual presidente egípcio, prometeu erradicar a Irmandade e lançou uma campanha de repressão que colocou milhares de apoiadores de Mursi na prisão.
As fontes de segurança declararam que Ismail morreu por insuficiência renal em um hospital do Cairo, para onde havia sido transferido de uma prisão na cidade de Zagazig, dias antes.
Fontes judiciais disseram que Ismail havia sido condenado a sete anos de prisão no ano passado por acusações relacionadas com a violência que se seguiu à dispersão de dois campos de manifestantes no Cairo, realizada por forças de segurança em agosto de 2013, ação durante a qual centenas de manifestantes foram mortos.