BEIRUTE (Reuters) - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou nesta quarta-feira que qualquer tentativa de prejudicar a eleição presidencial de 19 de maio será tratada com severidade.
A votação se anuncia essencialmente como uma disputa entre o atual presidente iraniano, Hassan Rouhani, um pragmático que fez campanha prometendo abrir o país ao Ocidente e amenizar as restrições sociais, e seu rival linha-dura Ebrahim Raisi, que ocupou cargos de primeiro escalão no judiciário durante anos.
A eleição ocorre ao final do mandato de quatro anos de Rouhani, eleito com uma grande vantagem em 2013.
Raisi conta com o apoio de Khamenei, de acordo com analistas.
"Se as pessoas participarem com ordem, comportarem-se moralmente, observarem os parâmetros legais e islâmicos, isso será uma fonte de honra para a República Islâmica", disse Khamenei, segundo a transcrição de um discurso publicada no site oficial do Líder Supremo.
"Mas se elas violarem a lei, operarem de maneira imoral ou falarem de maneira que incentiva os inimigos, as eleições podem ser vistas como uma derrota."
Dezenas de pessoas foram mortas e centenas foram presas quando protestos generalizados irromperam após a eleição presidencial disputada de 2009 que deu um segundo mandato a Mahmoud Ahmadinejad, de acordo com grupos de direitos humanos.
"A segurança de nosso país deve ser completamente preservada durante a eleição", disse Khamenei no discurso, pronunciado diante de uma plateia que incluiu os maiores comandantes da Guarda Revolucionária, a principal força militar e econômica da nação.
"Qualquer um que se desvie deste caminho certamente deve saber que será punido."
(Por Babak Dehghanpisheh)