DUBAI (Reuters) - Líderes do Golfo Pérsico criticaram os comentários "hostis e racistas" contra muçulmanos e refugiados sírios nesta quinta-feira, dias depois de o pré-candidato presidencial republicano Donald Trump pedir que os muçulmanos sejam impedidos de entrar nos Estados Unidos.
"O Supremo Conselho expressou sua profunda preocupação com o aumento da retórica hostil, racista e desumana contra refugiados em geral e muçulmanos em particular", disse o Conselho de Cooperação do Golfo, referindo-se aos chefes de Estado da região reunidos em Riad.
O organismo pediu que se "providencie a proteção necessária para os desabrigados e refugiados que fogem do fogo duplo dos governos injustos e dos grupos terroristas".
Na segunda-feira, Trump pediu um veto aos muçulmanos, a reação mais dramática de um pré-candidato ao massacre da semana passada na Califórnia cometido por dois muçulmanos que a Polícia Federal dos EUA (FBI, na sigla em inglês) disse terem se radicalizado.
A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (Acnur) afirmou que tal retórica está prejudicando seu programa de reassentamento. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) reagiu aos comentários de Trump dizendo que toda e qualquer discriminação baseada na religião vai de encontro de todos os acordos internacionais sobre o trato de refugiados.