Por Michel Rose
PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a posição da França sobre Taiwan não mudou, e que ele é a favor do atual "status quo" em relação à ilha, depois que ele foi solicitado a esclarecer comentários que provocaram uma reação nos Estados Unidos e na Europa.
Em entrevista ao veículo de imprensa Politico e ao jornal Les Echos, Macron havia alertado sobre ser arrastado para uma crise em relação à Taiwan impulsionada por um "ritmo americano e uma reação exagerada chinesa".
Isso gerou críticas de alguns políticos e comentaristas da Europa e dos Estados Unidos, com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, acusando-o de "puxar o saco" de Pequim.
"A posição da França e da Europa sobre Taiwan é a mesma. Somos a favor do status quo. Essa política é constante e não mudou", disse Macron em entrevista coletiva durante visita de Estado à Holanda.
"É a política de uma só China, e uma resolução pacífica da situação. Isso é o que eu disse em minha reunião bilateral com Xi Jinping, é o que foi dito em todos os lugares, não mudamos", disse ele.
Macron não mencionou Taiwan em sua declaração pública à imprensa no Grande Salão do Povo em Pequim na semana passada, uma omissão que os comentaristas criticaram.
O líder francês também disse que compartilha com o presidente dos EUA, Joe Biden, a visão de uma "região indo-pacífica aberta", mesmo que cada um tenha sua própria abordagem em relação à China.
"Posso dizer que ele quer evitar qualquer escalada, apesar da tensão atual", disse Macron.
(Reportagem de GV De Clercq, Tassilo Hummel, Michel Rose em Paris e Bart Meijer em Amsterdã)