CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou na quarta-feira o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe de planejar assassiná-lo em conluio com o embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Francisco Santos, e o líder opositor venezuelano exilado Lester Toledo.
Não foi a primeira vez que Maduro acusou políticos da vizinha Colômbia de conspirarem contra ele, e as relações entre os dois países se deterioram em meio a uma crise econômica na Venezuela que já levou mais de 1 milhão de imigrantes a se estabelecerem em solo colombiano.
Durante uma transmissão em rede nacional de televisão na noite de quarta-feira, Maduro fez um relato detalhado de como os três tramaram o ataque de "um bunker" em uma casa de Uribe, líder de direita que é crítico explícito de Maduro e de seu antecessor e mentor, o falecido presidente Hugo Chávez.
"É um plano para 32 mercenários entrarem (na Venezuela) para tentarem assassinar a mim e líderes da revolução", disse Maduro. "Mas estamos aqui, protegidos por Deus."
O ministro das Relações Exteriores colombiano, Carlos Holmes, negou a alegação em um tuíte, dizendo que o governo "rejeita as acusações delirantes e caluniosas do ditador Maduro contra dois colombianos que dedicaram sua vida a servir a democracia".
Um assessor de imprensa de Uribe não respondeu a um pedido de comentário. Toledo, que está radicado na Colômbia, foi designado pelo líder opositor venezuelano Juan Guaidó como seu coordenador internacional para os esforços para levar ajuda humanitária ao país, mas não foi possível contatá-lo para obter comentários.
(Por Corina Pons)