CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta quarta-feira que as forças de segurança do país frustraram uma tentativa de golpe da oposição, que incluía planos para assassiná-lo e também matar outras figuras políticas de alto escalão, instalando uma ex-autoridade militar, hoje presa, como presidente.
Um catastrófico colapso econômico na nação sul-americana gerou uma onda de desnutrição e doenças, levando a um êxodo populacional em direção ao México e aos Estados Unidos. As Forças Armadas continuaram a apoiar o Partido Socialista, de situação, apesar dos pedidos do líder da oposição, Juan Guaidó, para que Maduro fosse destituído.
"Nós revelamos, desmantelamos e capturamos um grupo de terroristas fascistas, que planejavam um golpe contra a sociedade e a democracia venezuelanas", disse Maduro em uma transmissão nesta noite.
"Eles foram capturados e estão atrás das grades, com evidências claras após seguirem esse grupo de criminosos e fascistas."
O plano supostamente envolvia um ataque à sede da agência de inteligência Sebin para a libertação do general Raul Baduel, ex-ministro da Defesa, preso por acusações de corrupção em 2009 depois de entrevero com o Partido Socialista.
Maduro afirmou que o plano também envolvia Guaidó, bem como líderes políticos de Chile, Colômbia e EUA.
Guaidó classificou as acusações como mentirosas. Críticos de Maduro acusam o presidente de fabricar narrativas para efeito político, tendo como base testemunhos forçados de suspeitos presos.
Guaidó, que em janeiro invocou a Constituição para se autoproclamar presidente, pediu em abril que as Forças Armadas deixassem o apoio a Maduro em uma revolta.
(Por Redação Caracas)