Por Marine Strauss
BRUXELAS (Reuters) - Cinquenta e oito por cento das pessoas que vivem em democracias estão satisfeitas com a reação de seu governo à pandemia de Covid-19, mas mais da metade acredita que suas liberdades foram demasiadamente restringidas, mostrou uma pesquisa publicada nesta quarta-feira.
A sondagem com mais de 50 mil pessoas de 53 países também revelou que pouco mais da metade sente que sua nação é democrática, mas que muitos veem a desigualdade econômica e o poder de grandes empresas de tecnologia como ameaças à democracia.
Embora a maioria dos entrevistados aprove a forma como seus governos reagiram à pandemia, 53% sentem que suas liberdades pessoais são excessivamente limitadas por lockdowns, de acordo com a pesquisa.
"Agora precisamos sair da pandemia de Covid-19 proporcionando mais democracia e liberdade às pessoas", disse Anders Fogh Rasmussen, presidente da Fundação Aliança de Democracias, que realizou a enquete juntamente com a Latana, empresa de monitoramento de IA.
Cerca de 64% dos entrevistados consideram a desigualdade econômica a maior ameaça isolada à democracia em todo o mundo. Os entrevistados dos Estados Unidos se mostraram mais preocupados com o impacto das grandes empresas de tecnologia na democracia.
Globalmente, quase metade dos entrevistados teme que os EUA ameacem sua democracia, 38% deles temem a influência chinesa e cerca de 27% têm receio da influência da Rússia.