Por James Oliphant
WASHINGTON (Reuters) - Mais três Estados norte-americanos abriram suas urnas para votações antecipadas nesta quarta-feira, e o presidente Donald Trump planejava realizar mais um comício para compensar o tempo de campanha perdido enquanto foi tratado de coronavírus.
Mais de 13 milhões de norte-americanos já depositaram suas cédulas, estabelecendo um recorde nesta modalidade de votação, de acordo com o Projeto Eleições dos Estados Unidos da Universidade da Flórida --muitos querem evitar as grandes multidões esperadas em 3 de novembro, o dia da eleição.
Na última eleição presidencial, cerca de 1,4 milhão de norte-americanos votaram até o dia 16 de outubro de 2016.
Cerca de duas dúzias de pessoas apareceram mais de duas horas antes de as seções eleitorais abrirem em Memphis, no Tennessee, para garantir lugar nas filas, noticiou a mídia local. A votação também já começou no Kansas e em Rhode Island.
Na Geórgia, onde filas longas se formaram diante das seções eleitorais e nas calçadas nos dois primeiros dias de votação nesta semana, autoridades eleitorais do condado de Gwinnett relataram uma espera de até três horas para se depositar cédulas nesta quarta-feira.
Um juiz distrital prorrogou o registro de eleitores da Virgínia até quinta-feira depois que o corte de um cabo de transmissão derrubou o site do Estado na terça-feira, o último dia para se registrar.
O republicano Trump, que aparece atrás do democrata Joe Biden em pesquisas de opinião nacionais, e em algumas sondagens estaduais, fará um comício no aeroporto de Des Moines, no Iowa. Biden tem um evento virtual de arrecadação de fundos e apresentará comentários pré-gravados a um grupo de ativistas muçulmanos.
Na quinta-feira, Trump e Biden, que deveriam realizar um segundo debate presidencial, participarão de assembleias populares televisionadas. A NBC News disse que o evento de Trump em Miami acontecerá ao ar livre para evitar a disseminação do coronavírus.
O evento de Biden na ABC News acontecerá na Filadélfia.
O fato de Trump, que foi contaminado pelo vírus no início deste mês, estar viajando ao Iowa tão perto do dia da eleição dá a entender que sua campanha está preocupada com o apoio dos eleitores do Estado à sua reeleição. Em 2016, Trump derrotou a democrata Hillary Clinton ali por quase 10 pontos percentuais, mas pesquisas de opinião mostraram que o Estado está mais indefinido neste ano.