(Reuters) - Manifestantes de Mianmar realizaram protestos nesta segunda-feira exigindo a restauração do governo de Aung San Suu Kyi e pediram uma dissidência nacional mais coordenada contra a junta militar, enquanto um grupo de países da região se prepara para debater a crise.
Seis pessoas foram mortas no final de semana, de acordo com ativistas, já que policiais e soldados dispersaram vigorosamente protestos que alguns manifestantes estão chamando de "revolução da primavera".
Ao menos 564 pessoas, incluindo 47 crianças, já foram mortas pelas forças de segurança durante protestos contra o golpe de 1º de fevereiro, disse um grupo ativista. O movimento inclui marchas nas ruas, uma campanha de desobediência civil com greves e atos de rebelião inusitados organizados nas redes sociais.
Ativistas pediram uma salva de palmas nacional nesta segunda-feira em reconhecimento aos grupos armados de minorias étnicas que apoiam a causa democrática e a manifestantes jovens que estão na vanguarda dos protestos, tentando blindar ou resgatar pessoas feridas pelas forças de segurança.
Além da repressão brutal aos protestos de rua, a junta tenta suprimir a campanha suspendendo a internet de banda larga sem fio e os serviços de dados móveis.
Brunei, que preside a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), expressou nesta segunda-feira seu apoio a uma reunião de líderes regionais para debater os desdobramentos em Mianmar e disse que pediu que autoridades preparem um encontro do bloco de 10 nações em Jacarta.
A junta disse que os comentários da enviada especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Christine Schraner Burgener, sobre um "banho de sangue" iminente em Mianmar são imprecisas e enganadoras.
(Redação Reuters)