BEN SHEMEN, Israel (Reuters) - Centenas de israelenses que se opõem ao plano de reforma judicial do governo estavam marchando sob um Sol escaldante na principal rodovia para Jerusalém na expectativa de angariar apoio antes da votação do projeto na próxima semana.
Os manifestantes, muitos deles carregando bandeiras nacionais e cantando "Democracia!", partiram de Tel Aviv no sábado para a caminhada de 66 km, na maior parte com subidas, ao longo da Estrada 1, parando apenas para acampar durante a noite em parques ou fazendas próximas.
Eles planejam chegar a Jerusalém e se reunir fora do Parlamento enquanto os parlamentares começam a ratificar um projeto de lei que limitaria os poderes da Suprema Corte em anular decisões do Executivo - e que os críticos veem como um freio à independência judicial.
"Vamos simbolizar o fato de que queremos reunir as pessoas e garantir que o país ou o Estado não caia", disse a líder do protesto Shikma Bressler à Reuters.
A coalizão religioso-nacionalista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz que a reforma é necessária para equilibrar os ramos do governo. No entanto, as pesquisas de opinião sugerem dúvidas generalizadas entre os israelenses, já que a reforma planejada prejudicaria a economia.