Por Stephanie Burnett
AMSTERDÃ (Reuters) - Manifestantes pró-palestinos se reuniram novamente no centro de Amsterdã nesta quarta-feira, desafiando uma proibição a protestos imposta pelas autoridades após a violência decorrente de uma partida de futebol entre o time local Ajax e o clube israelense Maccabi Tel Aviv.
Dezenas de manifestantes, alguns com bandeiras palestinas, gritaram "Amsterdã diz não ao genocídio" e "Libertem a Palestina".
A polícia deteve ou removeu centenas de manifestantes desde os confrontos da semana passada, atuando sob medidas de emergência que ampliaram os poderes de revista de pessoas na capital holandesa.
De acordo com o departamento de polícia de Amsterdã, torcedores do Maccabi atacaram um táxi e queimaram uma bandeira palestina, e então foram perseguidos e espancados por gangues anti-israelenses em scooters após um apelo online de motoristas de táxi.
Cinco pessoas foram tratadas em hospitais com ferimentos. A polícia escoltou centenas de torcedores da Maccabi até seus hotéis.
Políticos israelenses e holandeses denunciaram os ataques como antissemitas e lembraram a perseguição de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Os pró-palestinos contestaram, dizendo que responderam a um ataque dos torcedores do Maccabi e das provocações com canções contra os árabes.
Quatro dos 62 suspeitos detidos durante a violência permanecem presos. A polícia ainda procura por outros suspeitos.