NOVA YORK (Reuters) - A polícia de Nova York prendeu um grupo de manifestantes pró-palestinos que interromperam brevemente o desfile do Dia de Ação de Graças da Macy's nesta quinta-feira, tentando bloquear sua rota logo à frente do carro alegórico do Ronald McDonald.
O 98º desfile anual, transmitido pela televisão em todo o país, faz parte da tradição do feriado de Ação de Graças dos Estados Unidos, um espetáculo de balões gigantes com personagens de desenhos animados, bandas marciais e apresentações de música popular ao vivo. Milhares de pessoas se alinham nas ruas e calçadas de Manhattan para assistir.
"Os manifestantes foram levados sob custódia sem incidentes", disse o Departamento de Polícia de Nova York em um comunicado.
O número de detidos ainda é desconhecido e as acusações estão pendentes, segundo a Polícia.
Uma fila de cerca de 20 manifestantes sentou-se na rua sob chuva constante, enquanto outros atrás deles seguravam uma faixa dizendo "Não comemore o genocídio" e "Embargo de armas agora!" e o sorridente Ronald McDonald flutuava acima, mostraram imagens da Reuters.
A polícia no local inicialmente aconselhou os manifestantes a se retirarem sem intervir, de acordo com uma testemunha da Reuters. Em seguida, uma equipe de policiais montados em bicicletas chegou ao local, entrando em conflito com os manifestantes e levando-os embora.
A Comissária de Polícia, Jessica Tisch, que tomou posse na última segunda-feira, disse à emissora NBC antes do desfile que a polícia não esperava manifestantes, mas estava pronta para eles.
"Temos muitos recursos lá fora. Temos recursos que você pode ver e recursos que você não pode ver. Temos nossos cães, temos nossos drones. Temos todo o complemento de segurança lá fora para o desfile", disse Tisch.
Os manifestantes estavam protestando contra o prosseguimento da guerra em Gaza por parte de Israel, desencadeada em 7 de outubro de 2023, após combatentes palestinos do Hamas atacarem Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com registros israelenses.
Desde então, o ataque subsequente de Israel ao enclave de Gaza, governado pelo Hamas, matou mais de 44.000 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde local, ao mesmo tempo em que deslocou a maior parte da população de 2,3 milhões de pessoas, causando fome e levando a acusações de genocídio na Corte Mundial, que Israel nega.
(Reportagem de Brendan McDermid em Nova York e Daniel Trotta em Carlsbad, Califórnia)