LOS ANGELES (Reuters) - A cantora pop Mariah Carey revelou nesta quarta-feira que sofre de transtorno bipolar, dizendo à revista People que foi diagnosticada em 2001, mas que só recentemente começou a usar remédios.
Em uma entrevista à People, Mariah contou que recebeu o diagnóstico ao ser hospitalizada devido a um colapso emocional e físico sofrido aproximadamente na época de "Glitter", filme de 2001 muito mal recebido pela crítica.
Ela disse que não queria acreditar no problema e que só procurou tratamento recentemente.
"Eu vivia em negação e isolamento e com o medo constante de que alguém iria me expor", confessou a artista à publicação especializada em celebridades.
"Era um fardo pesado demais para carregar, e eu simplesmente não consegui mais fazê-lo. Busquei e recebi tratamento, coloquei pessoas positivas ao meu redor e voltei a fazer o que amo – compor canções e fazer música".
Mariah, uma das artistas musicais mais bem-sucedidas do mundo com 200 milhões de discos vendidos e sucessos como "We Belong Together", disse estar usando medicamentos para o transtorno bipolar tipo II, marcado por oscilações de temperamento menos graves situadas entre a depressão e a hiperatividade.
"Durante muito tempo achei que tinha um transtorno do sono grave", explicou. "Mas não era uma insônia normal, não ficava acordada contando carneirinhos. Estava trabalhando e trabalhando e trabalhando... estava irritadiça e com um medo constante de decepcionar as pessoas. Acontece que eu estava vivendo uma forma de mania. Em algum momento eu teria uma crise", disse ela à revista.
Ela revelou estar tomando um remédio "que não está me fazendo sentir muito cansada ou lenta" e que está trabalhando em um novo álbum previsto para o final deste ano.
(Por Jill Serjeant)