SÃO PAULO (Reuters) - A nova candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, reiterou nesta sexta-feira seu compromisso com o tripé macroeconômico e prometeu "eficiência fiscal" se for eleita.
A ex-senadora, que assumiu a cabeça da chapa presidencial do partido após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo, também se declarou contra a reeleição e disse que ficará somente quatro anos na Presidência, caso vença a eleição de outubro.
"Obviamente nós temos o compromisso com o tripé da política macroeconômica e uma das coisas que é fundamental para que ele funcione, além da questão do controle da inflação, da meta de inflação, é termos eficiência e responsabilidade fiscal", disse.
O chamado tripé macroeconômico é formado pelo regime de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.
Perguntada, Marina não detalhou em quais áreas avalia que poderiam ser feitos cortes de gastos para melhorar o quadro atual das contas públicas.
O economista Eduardo Giannetti, um dos assessores mais próximos de Marina, disse que detalhes das propostas econômicas da candidata do PSB serão divulgados junto com o programa de governo que será anunciado na próxima sexta-feira, em São Paulo.
Já o ex-deputado Maurício Rands adiantou apenas que o capítulo econômico do governo de Marina trará metas a serem cumpridas por seu governo, entre elas uma sobre distribuição da renda e da riqueza.
RETOMADA DO CRESCIMENTO
Rands disse ainda que o programa econômico de Marina não terá "heterodoxias" e disse que a ideia é delinear uma política econômica clara, que traga de volta credibilidade ao país, de modo a que o Brasil retome uma trajetória de crescimento a partir do segundo semestre de 2015.
"Teremos uma obsessão pela produtividade", garantiu.
O ex-deputado afirmou ainda que outros conselheiros econômicos serão integrados à campanha, além de Giannetti e dos economistas André Lara Resende e Alexandre Rands, que assessoram a candidata atualmente.
Ele, no entanto, não quis adiantar nomes.
(Por Eduardo Simões)