NUAKCHOTT (Reuters) - As autoridades da Mauritânia disseram estar à caça de um extremista islâmico que escapou da prisão onde ele esperava a sua execução por ter participado de um plano para assassinar o presidente Mohamed Ould Abdel Aziz.
Um comunicado divulgado na TV pública no fim do sábado pedia à população informações sobre o militante, de quem eles deram o nome. Não foi dito quando ou como ele escapara.
Ele foi preso em 2011 acusado de ter ligações com três veículos contendo explosivos que se dirigiam para a capital da Mauritânia, Nuakchott.
Foi dito que um dos veículos tinha como alvo Abdel Aziz, que havia ordenado ataques militares em Mali contra bases extremistas em 2010 e 2011.
A Al Qaeda no Maghreb Islâmico assumiu a responsabilidade pelo plano num comunicado divulgado em fóruns jihadistas, de acordo com o grupo de inteligência SITE.
Grupos islâmicos se apropriaram de uma rebelião Tuareg no início de 2012 para tomar o norte do Mali. Uma intervenção liderada pela França os espalhou um ano depois, mas os combatentes islâmicos intensificaram os ataques em 2015.
Jihadistas que, acredita-se, têm ligações entre eles e com grupos para além do oeste da África assumiram a responsabilidade por vários atos de violência na região, incluindo um ataque contra um hotel de luxo em novembro que deixou cerca de 20 mortos.
Abdel Aziz, que foi eleito em 2009 depois de tomar o poder num golpe que terminou com o governo do primeiro presidente escolhido democraticamente no país, foi hospitalizado em 2012. Ele disse que soldados haviam acidentalmente atirado nele.
(Por Kissima Diagana)