Por Julie Steenhuysen
CHICAGO (Reuters) - Médicos norte-americanos estão recorrendo aos seus registros eletrônicos para identificar pacientes que não foram vacinados ou indivíduos potencialmente infectados para ajudar a conter o pior surto de sarampo nos Estados Unidos em 25 anos.
A rede de hospitais e consultórios médicos Langone Health, da New York University (NYU), que trata pacientes do condado de Rockland e do Brooklyn --dois epicentros do surto--, construiu alertas em seu sistema de registros médicos eletrônicos para notificar médicos e enfermeiros que um paciente vive em uma área de epidemia, com base no seu CEP.
“Identifica pacientes que possam ter sido expostos a sarampo e precisam ser avaliados”, disse o médico Michael Phillips, chefe de epidemiologia da Langone Health.
Alertas no registro médico de um paciente também motivam conversas entre visitantes --que também podem ter sido expostos ao vírus-- sobre sua própria saúde, exposição anterior a sarampo e histórico de vacinação.
O sistema de saúde Mount Sinai, também de Nova York, colocou em ação um programa similar na semana passada, disse o médico Bruce Darrow, chefe de informação médica.
Darrow disse que era importante porque, embora um paciente que chega de uma região afetada por sarampo passe por uma avaliação, membros de família que o visitam podem ter sido expostos.
Ele afirmou que o alerta aumenta a conscientização para médicos e enfermeiros “ficarem alertas não apenas para nossos pacientes, mas para qualquer um que entra no prédio”.
Autoridades norte-americanas relataram mais de 700 casos confirmados de sarampo, o maior nível desde que o vírus foi considerado eliminado em 2000. O vírus do sarampo é altamente contagioso e pode causar cegueira, surdez, danos cerebrais e morte.