CAIRO (Reuters) - Melania Trump concluiu sua viagem à África neste sábado expressando apoio ao conturbado indicado de seu marido à Suprema Corte e pedindo para que pessoas prestem menos atenção ao que ela veste.
A primeira-dama dos Estados Unidos disse que a mensagem de sua viagem a Gana, Malawi, Quênia e Egito é para mostrar ao mundo que “nós nos importamos”. Ela rejeitou relatos sobre supostos comentários ofensivos alegadamente feitos pelo presidente Donald Trump sobre países africanos e disse que a questão não veio à tona durante sua viagem.
A ex-modelo também disse que nem sempre concorda com as publicações de seu marido no Twitter (NYSE:TWTR) e que dá sua opinião diretamente a ele, mesmo que nem sempre ele siga seus conselhos.
A viagem a quatro países foi uma espécie de primeira exibição da primeira-dama no cenário mundial. Esta foi sua primeira grande viagem solo ao exterior e um raro exemplo de um tempo em que ela respondia perguntas de repórteres.
Falando em Cairo na última parada da viagem, Melania elogiou o indicado à Suprema Corte Brett Kavanaugh e disse estar contente que ele e sua acusadora tiveram a chance de serem ouvidos após acusações de abuso sexual.
“Estou contente que a Dr. Ford foi ouvida. Estou contente que o juiz Kavanaugh foi ouvido, a investigação do FBI foi feita – está completa – e o Senado votou”, disse Trump, se referindo à professora universitária Christine Blasey Ford, que acusou Kavanaugh de abusá-la sexualmente.
Kavanaugh negou todas as acusações.
Melania se recusou a dizer se acreditava em Ford.
“Nós precisamos ajudar todas as vítimas, não importa qual tipo de abuso elas sofreram”, disse. “Sou contra qualquer tipo de abuso”.
Kavanaugh deve conseguir a confirmação final do Senado neste sábado, apesar das acusações de abuso sexual e ataques contra seu caráter e temperamento. Sua confirmação dará ao presidente dos EUA uma vitória clara em sua campanha para consolidar domínio conservador na Suprema Corte.
Melania voou de Nairóbi para o Cairo mais cedo neste sábado, na última etapa de sua visita à África, um continente que seu marido no passado ridicularizou.
O presidente Donald Trump foi citado como tendo dito que imigrantes da África saem de “países de merda”. Ele negou ter feito a afirmação.
(Reportagem de Jeff Mason e Ahmed Tolba)