CARACAS (Reuters) - Uma delegação formada por importantes funcionários dos governos de Venezuela e Estados Unidos reuniu-se no Haiti, como parte de um processo de aproximação dos países, que tentam reconstruir suas conturbadas relações, informou a chanceler venezuelana neste domingo.
Os dois países não têm embaixadores em suas respectivas delegações diplomáticas e suas relações ficaram ainda mais tensas neste ano, quando a Venezuela acusou os Estados Unidos de planejar um golpe de Estado, ordenou a redução de pessoal em sua embaixada e exigiu visto para os cidadãos do país norte-americano.
Diante disso, a administração de Barack Obama declarou a Venezuela como ameaça à segurança nacional e impôs sanções a sete funcionários do governo venezuelano, acusando-os de corrupção e abusos contra os direitos humanos.
Em meio a isto, o conselheiro do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Thomas Shannon, realizou ao menos duas visitas recentes ao país petrolífero para se reunir em privado com autoridades venezuelanas, incluindo aí o presidente Nicolás Maduro.
"Realizamos uma reunião de trabalho no Haiti com o comissário Tom Shannon e uma delegação norte-americana a caminho de normalizarmos as relações", informou a chanceler venezuelana Delcy Rodriguez por meio de sua conta no Twitter, na madrugada deste domingo.
A agência de notícias oficial AVN acrescentou que o presidente do Congresso venezuelano, Diosdado Cabello, e a embaixadora dos Estados Unidos no Haiti, Pamela White, também estiveram no encontro que foi moderado pelo presidente haitiano Michel Martelly.