O presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), criticou nesta 5ª feira (12.dez.2024) o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que teve as negociações finalizadas na 6ª feira (6.dez). Macron falou que agricultura europeia não será sacrificada em prol do “mercantilismo do século passado”.
Isso significa que, para Macron, que é o principal líder da UE opositor do pacto, os europeus farão um acordo em que os sul-americanos serão beneficiados desproporcionalmente em relação aos agricultores de seu continente.
O mercantilismo, referenciado pelo presidente francês, foi uma prática econômica aplicada durante o período de colonização da América, principalmente nos séculos 16 e 17. A ação foi derivada da ideia que defende que um país precisa atuar de modo a exportar mais do que importar para manter um Estado poderoso.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quem negociou o acordo com o Mercosul, tem um posicionamento diferente de Macron. Ela afirma que o acordo será um marco comercial que propiciará desenvolvimento e prosperidade em ambas as regiões.
Além da França, a Polônia, Holanda e Áustria também se opõem ao acordo. Isso forma o número de países necessário para o bloqueio, mas pode ser insuficiente em número de população.
A Itália também já se mostrou contra o acordo com os sul-americanos. Nesse caso, cumpre-se o critério de 35% dos habitantes da UE até mesmo se Holanda ou Áustria não participarem do grupo.