LOS ANGELES (Reuters) - Meryl Streep, a atriz mais admirada da indústria do entretenimento, criticou nesta segunda-feira o produtor de cinema Harvey Weinstein por seu "comportamento indesculpável", mas disse não estar ciente de nenhum rumor sobre seu suposto assédio sexual a mulheres.
Streep, que conquistou três Oscars, vinha sendo pressionada para se pronunciar desde que uma investigação da semana passada do jornal New York Times detalhou alegações de várias mulheres a respeito de contatos físicos indesejados e de assédio de Weinstein ao longo de três décadas.
Inicialmente Weinstein, de 65 anos, se desculpou, mas depois ameaçou ir à justiça. No domingo ele foi demitido do cargo de co-presidente do conselho da Weinstein Co por causa da reação negativa à reportagem do NYT, mas não foi acusado de nenhum crime.
Meryl Streep, que em 2012 chamou Weinstein de "Deus" durante um discurso de agradecimento no Globo de Ouro e que atuou em diversos filmes produzidos por ele, disse que "a notícia deplorável sobre Harvey Weinstein chocou aqueles de nós cujo trabalho ele promoveu".
Mas a atriz disse em um comunicado enviado ao Huffington Post que não tem conhecimento das supostas alegações de que ele se despiu diante de atrizes e assistentes ou de que pediu a mulheres jovens que o massageassem.
"Harvey apoiava o trabalho intensamente, era exasperante mas respeitoso comigo em nossa relação de trabalho e com muitas outras pessoas com quem trabalhou profissionalmente", disse a atriz.
"Eu não sabia que ele tinha reuniões particulares em seu quarto de hotel, seu banheiro ou de outros atos impróprios e coercitivos".
As atrizes Ashley Judd e Rose McGowan são algumas das que disseram que Weinstein as assediou sexualmente. Outros pesos pesados de Hollywood, como o diretor Judd Apatow e a produtora Megan Ellison, falaram a favor das mulheres.
(Por Jill Serjeant)