Por Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - Metade dos norte-americanos acredita que o filho do presidente Joe Biden, Hunter Biden, recebeu tratamento preferencial dos promotores que chegaram a um acordo que permitirá a Hunter se declarar culpado de acusações fiscais, mas evitar uma condenação relacionada a armas, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos.
A pesquisa de dois dias encerrada na quarta-feira apontou que os norte-americanos estão divididos em linhas partidárias em suas opiniões sobre o caso, com 75% dos republicanos vendo tratamento preferencial em comparação com apenas 33% dos democratas.
A maioria dos entrevistados disse que o caso não afetaria sua probabilidade de votar em Biden no ano que vem, quando ele buscará a reeleição.
David Weiss, procurador federal nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, disse na terça-feira que Hunter Biden, de 53 anos, concordou em se declarar culpado de duas acusações por deliberadamente deixar de pagar imposto de renda e entrar em um acordo que poderia evitar uma condenação por acusação relacionada a posse de armas.
Trump e seus aliados republicanos acusaram o acordo de confissão de culpa de um tratamento especial para o filho de Biden. Weiss foi um dos poucos promotores nomeados por Trump que Biden pediu para permanecer depois de assumir o cargo em janeiro de 2021, para evitar una aparente manipulação em investigações politicamente sensíveis.
Hunter Biden trabalhou como lobista, advogado, consultor de empresas estrangeiras, banqueiro de investimentos e artista, e detalhou publicamente suas lutas contra o abuso de substâncias.
Ele fará uma aparição inicial no tribunal federal em Delaware em 26 de julho, mostrou um processo judicial na quarta-feira.
A pesquisa Reuters/Ipsos entrevistou 1.004 adultos norte-americanos em todo o país e tem uma margem de erro de cerca de 4 pontos percentuais.