CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O México começou a investigar o assassinato de outro jornalista, a vítima mais recente em um dos países mais perigosos do mundo para os membros da mídia, enquanto a indústria comemora o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa nesta sexta-feira.Telésforo Santiago Enríquez, professor aposentado e fundador de uma estação de rádio comunitária, foi encontrado morto a tiros em um carro em Oaxaca, Estado do sul do país, na quinta-feira, disse a Procuradoria Estadual em um comunicado na noite do mesmo dia, acrescentando que iniciou um inquérito sobre o assassinato.
Enríquez é ao menos o sétimo membro da mídia a ser morto durante o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador. Em março, o vice-ministro do Interior para os Direitos Humanos, Alejandro Encinas, disse que seis outros foram assassinados desde que López Obrador tomou posse em dezembro. O porta-voz presidencial, Jesús Ramírez, disse que o governo trabalhará para levar o assassino à justiça. Organizações de direitos humanos criticaram o governo por não fazer mais para encerrar uma série de ataques contra jornalistas e punir os responsáveis por eles. "Estamos comprometidos a encontrar os responsáveis por ataques contra o jornalismo mexicano", escreveu Ramírez no Twitter. O México é um dos países mais perigosos do mundo para repórteres – ao menos 124 membros da mídia foram mortos desde 2000, segundo o grupo de direitos humanos Artigo 19. Encinas disse que o governo buscará mais financiamento para um programa que visa proteger jornalistas, sem especificar o valor. (Por Sharay Angulo e Miguel Angel Gutierrez)