CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Autoridades mexicanas prenderam o general aposentado José Rodriguez por suspeita de envolvimento no desaparecimento de 43 estudantes de uma escola de formação de professores em 2014, afirmou um alto funcionário na quinta-feira, tornando Rodriguez o oficial militar de mais alto escalão a ser detido até no caso.
O vice-ministro da Segurança, Ricardo Mejia, disse que quatro mandados de prisão foram emitidos recentemente contra oficiais militares pelo notório sequestro dos 43 estudantes na cidade de Iguala, no sudoeste do país, em 2014.
"No momento, três deles foram cumpridos, e há três pessoas detidas, incluindo o comandante do 27º batalhão de infantaria na época", disse Mejia em entrevista coletiva.
Rodriguez estava no comando da unidade durante os sequestros, que, segundo o governo anterior, foram feitos por policiais locais corruptos que trabalhavam em conluio com uma gangue de traficantes local.
Depois de apresentar uma revisão do caso pelo atual governo, o vice-ministro mexicano do Interior, Alejandro Encinas, disse no final de agosto que seis dos estudantes desaparecidos foram entregues vivos a Rodriguez e que ele ordenou que fossem mortos.
Questionado sobre as acusações contra Rodríguez, o Ministério da Defesa do México disse que não tinha informações.
O governo se referiu ao caso como um "crime estadual" em seu relatório, que alegou que autoridades locais, estaduais e federais, incluindo o Exército, foram cúmplices e envolvidas no acobertamento do desaparecimento dos estudantes.
(Reportagem de Raúl Cortes Fernandez e Lizbeth Diaz)
((Tradução Redação São Paulo))
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