Por Dan Williams
TEL AVIV (Reuters) - Manifestantes israelenses bloquearam rodovias e invadiram brevemente a bolsa de valores em um dia de protestos nesta terça-feira, enquanto parlamentares se preparam para ratificar um dos projetos judiciais do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, antes do recesso de verão do Parlamento.
Milhares de pessoas foram às ruas em protestos em todo o país, muitos agitando bandeiras israelenses, e a polícia informou que pelo menos meia dúzia de rodovias foram bloqueadas.
Os manifestantes se reuniram nas principais estações de trem na hora do rush da tarde, alguns brigaram com a polícia, e a empresa ferroviária Israel Railways disse que o serviço de trem foi interrompido por causa de uma falha no sistema de computadores.
Dezenas entraram na Bolsa de Valores de Tel Aviv, jogando notas falsas como símbolos de corrupção. Médicos disseram que uma mulher foi atropelada por um carro em uma rodovia e ficou ferida. Pelo menos 29 pessoas foram presas ao longo do dia, disse a polícia.
O impulso da coalizão nacionalista-religiosa de Netanyahu para mudar o sistema de justiça provocou protestos sem precedentes, prejudicou a economia e despertou preocupação com a saúde democrática de Israel entre os aliados ocidentais.
Netanyahu defendeu as mudanças propostas, prometendo manter "Israel um Estado-nação judaico e democrático, livre e liberal, que mantém o governo da maioria sacrossanto ao lado dos direitos civis".
Em um discurso em Jerusalém, ele disse que seu governo está agindo de maneira responsável e comedida, buscando um acordo o mais amplo possível para restaurar o equilíbrio entre o Judiciário, o Legislativo e o Executivo.
(Reportagem adicional de Rami Amichay e Maayan Lubell)