Por Ammar Awad e Sinan Abu Mayzer
JERUSALÉM (Reuters) - Dezenas de milhares de fiéis muçulmanos se reuniram na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, na primeira sexta-feira do mês do Ramadã para as orações do meio-dia, que transcorreram pacificamente em meio à forte segurança imposta após meses de escalada de tensões e violência.
"Não consigo descrever para vocês como estou feliz em orar na Mesquita de Al-Aqsa. Tenho 50 anos e só recentemente eles removeram a proibição de segurança que me impedia de vir aqui", disse Nasser Abu Saleh, morador da cidade de Hebron, na Cisjordânia.
O complexo da mesquita, local sagrado para muçulmanos e judeus, que o conhecem como Monte do Templo, tem uma longa história de confrontos, incluindo incidentes em 2021 que ajudaram a desencadear uma guerra de 10 dias entre Israel e o movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Fiéis lotaram a mesquita localizada na Cidade Velha de Jerusalém ao longo do dia após Israel anunciar na segunda-feira que permitiria a viagem de homens palestinos com mais de 55 anos, mulheres de todas as idades e crianças menores de 12 anos da Cisjordânia ocupada para Jerusalém, sem autorizações especiais das forças militares de Israel.
O Waqf, autoridade que administra o complexo da Mesquita Al-Aqsa, disse que cerca de 100 mil pessoas visitaram o local para as orações da primeira sexta-feira do Ramadã.
Ao meio-dia, fiéis lotaram o complexo, que também abriga o Domo da Rocha, onde se diz que o profeta Maomé ascendeu ao céu.
O major-general Ghassan Aliyan, do COGAT, unidade do Ministério da Defesa de Israel que coordena questões civis com os palestinos na Cisjordânia e em Gaza, disse que as autoridades israelenses estão fazendo tudo o que podem para evitar problemas.
"Todas as partes estão interessadas em ver o mês do Ramadã transcorrer pacificamente em todos os sentidos", disse Aliyan.
(Reportagem adicional de Ali Sawafta)