Por Ahmed Aboulenein
BAGDÁ (Reuters) - Centenas de milicianos iraquianos e seus apoiadores atiraram pedras contra a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pelo segundo dia, nesta quarta-feira, e forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e granadas para expulsá-los.
Os protestos, liderados por milícias apoiadas pelo Irã, marcam uma nova fase na guerra sombria entre Washington e Teerã em todo o Oriente Médio.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que disputa a reeleição em 2020, ameaçou na terça-feira retaliar contra o Irã, mas disse mais tarde que não queria ir à guerra.
Os protestos também lançam incerteza sobre a presença contínua de tropas dos EUA no Iraque.
Multidões se reuniram na terça-feira para protestar contra ataques aéreos mortais dos EUA a bases da milícia, incendiando, atirando pedras e esmagando câmeras de vigilância. No entanto, eles não violaram o principal complexo da enorme embaixada.
Durante a noite, manifestantes armaram tendas e acamparam do lado de fora dos muros da embaixada. Na manhã de quarta-feira, eles estavam trazendo alimentos, equipamentos de cozinha e colchões, disseram testemunhas da Reuters, sugerindo que pretendem ficar por um longo tempo.