Por Ahmed e Kingimi
MAIDUGURI, Nigéria (Reuters) - O grupo de militantes islâmicos Boko Haram libertou 13 reféns, informou a presidência da Nigéria no sábado, após negociações das autoridades com os militantes.
Os sequestros foram parte de uma campanha de ataques no ano passado pelo grupo jihadista cuja tentativa de criar um estado islâmico no nordeste matou pelo menos 20 mil pessoas e forçou cerca de 2,7 milhões a fugir de suas casas desde 2009.
Entre os reféns libertados, três eram palestrantes da Universidade de Maiduguri, que foram sequestrados durante uma viagem de exploração de petróleo em Magumeri, no estado de Borno, em julho de 2017. Os outros 10 eram mulheres policiais sequestradas em uma incursão em um comboio no mês anterior.
"Suas libertações acontecem após uma série de negociações conduzidas pelo presidente (Muhammadu) Buhari, e foram facilitadas pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC)", disse um porta-voz da presidência em uma declaração por e-mail.
O ICRC disse que atuou como intermediário neutro no lançamento de reféns.
"O ICRC não participou de nenhuma negociação que tenha levado à entrega de 13 pessoas. A oposição armada entregou as 13 pessoas aos representantes do ICRC que as transportou para as autoridades da Nigéria", afirmou em um comunicado.
O ICRC também atuou como intermediário na libertação em outubro de 2016 e maio de 2017 de algumas das mais de 200 meninas sequestradas pelo Boko Haram da cidade de Chibok, em 2014.
(Reportagem adicional de Felix Onuah em Abuja e de Stephanie Ulmer-Nebehay em Genebra)