BAGDÁ (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico voltaram a jurar lealdade ao líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, no que acredita-se ser seu primeiro juramento público do tipo desde que seu "califado" na Síria e no Iraque desmoronou no ano passado.
O grupo continua a realizar ataques nos dois países, assim como na Líbia. Entretanto, o paradeiro de Baghdadi é desconhecido desde que o califado que declarou em 2014 desmoronou com a queda de Mosul e Raqqa, seus redutos no Iraque e na Síria, respectivamente.
"Para enfurecer e aterrorizar os infiéis, renovamos nosso juramento de lealdade ao comandante dos fiéis e califa dos muçulmanos, o xeique mujahid Abu Bakr al-Baghdadi al-Hussaini al-Qurashi, que Deus o conserve", disseram os militantes em comunicado publicado em suas redes sociais.
Hisham al-Hashimi, que aconselha vários governos, inclusive o iraquiano, em assuntos relacionados ao Estado Islâmico, disse que esse foi o primeiro juramento de lealdade a Baghdadi de que se tem conhecimento desde que forças iraquianas reconquistaram Mosul em julho e que uma aliança de milícias curdas e árabes tomou Raqqa em novembro, nos dois casos apoiados por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Há relatos conflitantes no que diz respeito ao iraquiano Baghdadi ainda estar vivo ou não, mas Hashimi disse à Reuters que acredita-se que ele está escondido na vasta área desértica que se estende pela fronteira entre Síria e Iraque.
(Reportagem de Maher Chmaytelli)