BERLIM (Reuters) - O ministro do Interior da Alemanha disse que a polícia frustrou um possível ataque a um shopping center na cidade de Essen no sábado e que há indicações de uma conexão com militantes do Estado Islâmico.
A Alemanha está em alerta após ataques mortais de militantes na França e na Bélgica e depois de um tunisiano, que teve seu pedido de refúgio negado, ter atirado um caminhão em uma feira de Natal em Berlim em dezembro, matando 12 pessoas. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por este ataque.
A polícia fechou um dos maiores shoppings da Alemanha no sábado após agências de segurança alertarem sobre um possível ataque e interrogarem dois homens relacionados com a ameaça.
O ministro do Interior, Thomas de Maiziere, disse que poderia ter acontecido um ataque no shopping.
"O ataque foi impedido", ele disse à emissora pública ARD no domingo, acrescentando que há uma conexão com alguém controlando a operação no Estado Islâmico.
"Há indicações ou ordens de alguém que viajou da Alemanha para a região (da Síria). Isto mostra o quão próxima é a conexão. Então é bom que as autoridades federais e regionais estivessem vigilantes", disse de Maiziere.
Fontes de segurança disseram à Reuters que a ameaça pareceu seguir um pedido por violência feito por um militante alemão leal ao Estado Islâmico, que atualmente está baseado em uma região da Síria controlada pelo grupo militante.
Ele reiterou que o perigo de um ataque terrorista na Alemanha continua alto. As autoridades estão preocupadas que radicais islâmicos voltem da Síria ou do Iraque para planejar ataques em solo alemão.
Apenas seis meses antes da eleição, os inimigos políticos da Chanceler Angela Merkel dizem que sua política de portas abertas para imigrantes pode ter aumentado os riscos.
Separadamente, a polícia alemã disse no domingo que estava interrogando um homem na casa dos 20 anos que foi preso após uma operação noturna na cidade de Offenburg, no sudoeste do país, perto da fronteira com a França, após uma ameaça de segurança.
A polícia disse que acreditava que uma boate era alvo de um potencial ataque. Eles acrescentaram que não foram encontradas armas durante a operação e que um segundo homem que foi preso foi liberado mais tarde.