Por Hyonhee Shin e Josh Smith
SEUL (Reuters) - O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, aceitou nesta sexta-feira a renúncia do ministro responsável pelas relações com a Coreia do Norte, à medida que as tensões entre os dois países aumentam devido a atividades de desertores no sul e impedem a diplomacia.
O ministro da Unificação sul-coreano, Kim Yeon-chul, ofereceu na quarta-feira sua renúncia, assumindo a responsabilidade pelos laços que se agravam.
"Há muitas feridas nas relações intercoreanas, e é mais difícil tratá-las se você adicionar outra ferida", disse Kim em seu discurso de despedida aos funcionários do ministério, acrescentando que as tensões atuais devem ser atenuadas.
Os índices de aprovação de Moon, que haviam melhorado em relação ao tratamento do governo contra o surto de coronavírus, caiu para 55%, o nível mais baixo em cerca de três meses, devido a preocupações com a Coreia do Norte, mostrou uma pesquisa da Gallup Korea nesta sexta-feira.
A Coreia do Norte rejeitou os apelos de Seul por cooperação, à medida que os esforços para reiniciar os projetos econômicos intercoreanos foram interrompidos devido a sanções internacionais destinadas a restringir os programas nucleares e de mísseis do norte.
Pyongyang também questionou os desertores do sul, que enviam panfletos de propaganda para a Coreia do Norte.
Citando o fracasso de Seul em conter os desertores, a Coreia do Norte explodiu nesta semana o escritório criado para fomentar uma relação melhor com a Coreia do Sul na cidade fronteiriça de Kaesong, declarou o fim do diálogo com o vizinho do sul e ameaçou ação militar.
(Reportagem adicional de Joyce Lee)
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