TÓQUIO (Reuters) - O ministro dos Esportes do Japão, Hakubun Shimomura, conservador aliado ao premiê Shinzo Abe, apresentou sua demissão devido a problemas no projeto do estádio central da Olimpíada de Tóquio-2020, que sofreu um estouro de orçamento.
Shimomura disse nesta sexta-feira, em entrevista coletiva após encontro no gabinete do premiê, que Abe o pediu para ficar até uma reestruturação do gabinete planejada para o próximo mês.
Ele vai devolver metade de sua remuneração para os seis meses até setembro, relatou a agência de notícias Kyodo.
"Causei grandes preocupações e problemas para muitas pessoas por conta do problema do estádio nacional", disse Shimomura, acrescentando que Abe aceitou sua demissão de forma relutante.
Abe anunciou em julho que os planos originais para o estádio, também planejado como palco central da Copa do Mundo de Rúgbi em 2019, seriam descartados após um custo estimado acima de 2 bilhões de dólares, cerca de duas vezes o valor original.
Uma comissão independente, que examina o estouro de orçamentos, culpou o Conselho dos Esportes do Japão, órgão estatal que supervisiona o projeto, e o Ministério dos Esportes, de acordo com a mídia japonesa.
Em outro caso, os organizadores da Olimpíada de Tóquio rejeitaram neste mês a logomarca dos Jogos, por conta de acusações de plágio, alegando que não foi copiado, mas informando que muitas dúvidas foram levantadas, impossibilitando o uso.
(Reportagem de Linda Sieg e Kaori Kaneko)