Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Um ministro do gabinete israelense de extrema-direita adquiriu formalmente responsabilidades sobre os assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada nesta quinta-feira, dizendo que isso inclui aproximar seu status legal ao das comunidades dentro de Israel.
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, exerce um papel de supervisão dos colonos no Ministério da Defesa, como parte de seu acordo de coalizão com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, levando a um maior foco dos Estados Unidos nas políticas de Israel na Cisjordânia.
Uma declaração de 14 pontos emitida por Smotrich após ele concordar com uma divisão de funções com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, inclui a afirmação de que "a legislação sobre todos os assuntos civis (de assentamentos) será alinhada com a lei israelense".
Quando pedido para elaborar a afirmação, um porta-voz de Smotrich disse: "A igual aplicação das leis relevantes --sobre trabalho, meio ambiente, etc.-- que são legisladas em Israel menor".
"Israel menor" é um termo utilizado por ultranacionalistas como Smotrich --ele próprio um colono-- que buscam a anexação da Cisjordânia, uma área bíblica e estratégica capturada durante uma guerra em 1967.
"Todos os assentamentos são ilegais e qualquer tentativa de Israel de legalizar ou anexar esses assentamentos é rejeitada e uma violação das resoluções internacionais", disse Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Washington também tem instado Israel a não expandir os assentamentos, que a maioria das potências mundiais considera ilegais.
(Reportagem adicional de Ali Sawafta)