(Reuters) - Os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia discutiram os laços bilaterais, o conflito na Ucrânia e a situação na Península Coreana à margem da reunião do Grupo dos 20 no Brasil, informaram os ministérios das Relações Exteriores dos dois países na terça-feira.
"Estamos realmente em um estágio sem precedentes no desenvolvimento de nossas relações estratégicas de uma parceria abrangente", afirmou o russo Sergei Lavrov ao seu colega chinês, Wang Yi, de acordo com uma postagem no canal Telegram do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Wang disse que Pequim está disposta a trabalhar com a Rússia para fortalecer ainda mais a "coordenação estratégica abrangente" bilateral, informou o Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado.
Os "dois lados também trocaram opiniões sobre a crise da Ucrânia e a situação na Península Coreana", acrescentou, sem fornecer mais detalhes.
A reunião faz parte de negociações bilaterais entre a China e a Rússia que se seguiu à invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou há 1.000 dias. A guerra colocou Moscou no ostracismo em relação aos aliados ocidentais de Kiev, levando a uma série de sanções contra políticos e negócios russos.
A China e a Rússia declararam uma parceria "sem limites" quando o presidente russo, Vladimir Putin, visitou Pequim menos de três semanas antes de suas tropas marcharem para a Ucrânia em fevereiro de 2022, desencadeando a guerra terrestre mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Em maio deste ano, Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, prometeram uma "nova era" de parceria entre os dois rivais mais poderosos dos Estados Unidos.
(Reportagem de Lidia Kelly em Melbourne e Joe Cash em Pequim)