ÁDEN (Reuters) - Ministros do governo do Iêmen no exílio viajaram para Áden nesta quinta-feira para preparar o regresso do governo, disse um funcionário, três meses depois de serem destituídos pelo grupo armado rebelde Houthi.
A volta dos ministros e autoridades da inteligência se segue a derrotas militares dos houthis, derrotados por combatentes iemenitas apoiados pela Arábia Saudita, o que pode representar um ponto de virada no conflito que já matou mais de 3.500 pessoas.
A cidade portuária de Áden tem sido um foco de confrontos desde que os houthis a cercaram em março, quando era a sede do governo, que fugiu então para a Arábia Saudita.
"(O presidente exilado) Abd-Rabbu Mansour Hadi determinou que este grupo voltasse a Áden para trabalhar pela preparação da segurança e assegurar a estabilidade à frente da retomada das instituições do Estado em Áden", disseram autoridades locais à Reuters depois que o grupo chegou por helicóptero a uma base aérea militar.
A delegação inclui os ministros do interior e dos transportes, um ex-ministro do Interior, o chefe de inteligência e o vice-presidente da Câmara.
Nos últimos dois dias, combatentes locais tomaram o aeroporto do Iêmen e o principal porto, que estava em mãos dos houthis, uma milícia do norte do país, em combates que mataram dezenas de pessoas, segundo os médicos.