REHOBOTH BEACH, Delaware (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou neste sábado a morte do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, por parte de Israel, como "uma medida de justiça" para suas muitas vítimas, e disse que Washington apoia totalmente o direito de Israel de se defender contra grupos apoiados pelo Irã.
Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Biden afirmou que orientou o secretário de Defesa, Lloyd Austin, a reforçar ainda mais a postura de defesa das forças militares dos EUA no Oriente Médio com o objetivo de conter agressões e reduzir o risco de um conflito mais amplo.
Biden disse que os Estados Unidos pretendem usar a diplomacia para amenizar os conflitos em andamento na Faixa de Gaza e no Líbano.
Na quinta-feira, Israel rejeitou os apelos de todo o mundo por um cessar-fogo com o Hezbollah -- que é apoiado pelo Irã --, desafiando Washington e prosseguindo com ataques que mataram centenas de pessoas no Líbano e aumentaram os temores de uma guerra regional mais ampla.
Biden realçou seu apoio ao ataque de Israel contra Nasrallah, executado enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava em Nova York para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao mesmo tempo, Biden e outros líderes tentavam negociar um cessar-fogo.
"Hassan Nasrallah e o grupo terrorista que ele liderou, o Hezbollah, foram responsáveis pela morte de centenas de norte-americanos ao longo de um reinado de terror de quatro décadas. Sua morte em um ataque aéreo israelense é uma medida de justiça para suas muitas vítimas, incluindo milhares de americanos, israelenses e civis libaneses", afirmou Biden.
Autoridades do governo Biden têm tentado por meses, sem sucesso, acabar com a guerra na Faixa de Gaza e, mais recentemente, buscam interromper os combates entre Israel e o Hezbollah, intensificados quando rádios portáteis e pagers usados pelo grupo militante explodiram, matando dezenas e ferindo quase 3.000 pessoas.
"Os Estados Unidos apoiam totalmente o direito de Israel de se defender contra o Hezbollah, o Hamas, os Houthis e quaisquer outros grupos terroristas apoiados pelo Irã", disse Biden.
Mais de 600 pessoas morreram no Líbano desde a segunda-feira.
(Reportagem de Andrea Shalal em Rehoboth Beach e Ismail Shakil em Ottawa)