BERLIM (Reuters) - A mudança climática está tendo um impacto mensurável sobre a qualidade do ar e, portanto, sobre a saúde humana, o que significa que os dois temas devem ser enfrentados em conjunto e não isoladamente, segundo um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira.
"As ondas de calor pioram a qualidade do ar, com efeitos indiretos sobre a saúde humana, os ecossistemas, a agricultura e, de fato, nossa vida cotidiana", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em comunicado.
"As mudanças climáticas e a qualidade do ar não podem ser tratadas separadamente. Elas andam de mãos dadas e devem ser abordadas em conjunto para quebrar esse ciclo vicioso", acrescentou.
De acordo com o relatório, os efeitos da poluição resultantes das altas temperaturas são frequentemente ignorados, mas igualmente perniciosos.
Os exemplos citados no relatório incluem o noroeste dos Estados Unidos, onde as ondas de calor provocaram incêndios florestais, e as ondas de calor acompanhadas de intrusões de poeira do deserto em toda a Europa.
Estudos de caso brasileiros citados no relatório mostraram como os parques e as áreas cobertas por árvores nas cidades podem melhorar a qualidade do ar, absorver o dióxido de carbono e reduzir as temperaturas, beneficiando assim os moradores.