OSLO (Reuters) - As mudanças climáticas geradas pelo homem contribuíram para o calor abrasador na Europa Ocidental neste mês, quando Portugal sofreu incêndios florestais mortais e muitos países foram sufocados por temperaturas recordes, disseram cientistas nesta quinta-feira.
Temperaturas mensais para junho devem ser cerca de 3 graus Celsius acima das médias a longo prazo para a Europa Ocidental, informou o grupo de cientistas World Weather Attribution em comunicado.
“Encontramos ligações claras e fortes entre o calor recorde deste mês e mudanças climáticas causadas pelo homem”, disse Geert Jan van Oldenborgh, pesquisador sênior do Instituto Meteorológico Real da Holanda, um dos autores.
Mudanças climáticas, impulsionadas pelo uso humano de combustíveis fósseis, tornaram a intensidade e frequência de tal calor ao menos quatro vezes mais prováveis na França, Suíça, Holanda e Inglaterra central, e até 10 vezes mais prováveis em Portugal e na Espanha, segundo o estudo, baseado em tendências históricas.
Os cientistas disseram que o calor era incrivelmente improvável de ser um evento natural anormal, e não pode ser explicado por mudanças na saída do sol ou por outros fatores naturais, como baixas quantidades de poeira vulcânica ofuscando o sol na atmosfera.
Isto significa que o aumento de emissões de gases causadores do efeito estuda por humanos, principalmente pela queima de combustíveis fósseis, aumentou os riscos.