Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - O escritório do procurador-especial dos Estados Unidos pediu a um tribunal nesta sexta-feira que adie a atribuição de pena de Rick Gates, ex-vice-gerente de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, durante as "investigações em andamento" derivadas do inquérito sobre a Rússia.
Em documentos apresentados ao Tribunal Distrital de Washington, o procurador-especial Robert Mueller citou a cooperação contínua de Gates em diversos inquéritos e pediu permissão para atualizar o juiz sobre o caso novamente até 14 de maio.
"Gates continua a cooperar no que diz respeito a várias investigações em andamento, e consequentemente as partes não acreditam ser apropriado iniciar o processo de atribuição de pena neste momento", disse a equipe de Mueller nos autos.
Gates é um dos vários assessores de Trump que foram acusados ou se declararam culpados de crimes derivados da investigação federal sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016 e um possível conluio com a campanha de Trump.
Gates foi um parceiro de negócios de longa data do gerente de campanha de Trump, Paul Manafort, que nesta semana foi condenado a mais de sete anos de prisão por crimes financeiros e de conspiração em um caso separado em uma corte federal de Washington.
Ao contrário de Manafort, que foi sentenciado no julgamento de um caso na Virgínia antes de se declarar culpado de outro caso em Washington, Gates concordou rapidamente em cooperar com a equipe de Mueller e depôs contra seu ex-parceiro comercial.
Em fevereiro de 2018, Gates assumiu sua culpa por conspirar contra os EUA e mentir a investigadores.
A Rússia negou ter interferido na eleição de 2016. Trump disse que não houve nenhum conluio entre sua campanha e Moscou e caracterizou o inquérito de Mueller como uma "caça às bruxas".
(Reportagem adicional de Tim (SA:TIMP3) Ahmann)