Por Jake Spring
SÃO PAULO (Reuters) - O mundo teve o dia mais quente já registrado na última quinta-feira, quebrando máximas anteriores obtidas na segunda e terça-feira, à medida que as temperaturas médias globais seguem em alta, de acordo com dados do Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos.
A temperatura média global atingiu 17,23 graus Celsius na quinta-feira, de acordo com a agência governamental norte-americana.
O recorde ocorre dias após intensas ondas de calor nos EUA e na China, enquanto uma outra matou mais de 100 pessoas no México.
Na quinta-feira, o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, disse que junho foi o mês mais quente de todos os tempos, quebrando o recorde anterior de junho de 2019 por uma margem substancial.
"Esses recordes são a consequência previsível de um aumento de temperatura do El Niño no curto prazo, que se soma à tendência de aquecimento global de longo prazo, devido às emissões de gases de efeito estufa da humanidade", disse Robert Rohde, principal cientista da Berkeley Earth, organização sem fins lucrativos de ciência do clima, no Twitter.
O padrão climático El Niño ressurgiu neste ano, o que levou a temperaturas quentes na superfície do mar no leste e no centro do Oceano Pacífico.
Depois que a máxima diária anterior -- de agosto de 2016 -- foi quebrada pela primeira vez na segunda-feira, vários cientistas previram mais dias recordes neste ano.
(Reportagem de Jake Spring)