Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - Grande estrela do momento das eleições, Marina Silva (PSB) prometeu no primeiro debate dos presidenciáveis na TV governar unindo o Brasil em contraposição à polarização PT X PSDB, enquanto o tucano Aécio Neves se apresentou como a mudança segura e a presidente Dilma Rousseff procurou defender as realizações de seu governo.
O debate na Band aconteceu horas depois de pesquisa Ibope mostrar Marina na segunda posição nas intenções de voto, com vantagem folgada sobre Aécio, e vencendo a petista, também com ampla vantagem, em um eventual segundo turno.[nL1N0QX03S]
Num encontro com poucos momentos de tensão mais elevada, Marina mirou Dilma logo na primeira pergunta possível de um candidato a outro. A ex-senadora criticou a petista ao afirmar que os cinco pactos propostos por Dilma após as manifestações de junho do ano passado não deram certo.
A resposta de Dilma --"eu considero que tudo deu certo, veja você"-- serviu para a candidata do PSB usar um argumento contra a presidente, que voltaria a repetir no debate: que para resolver um problema é preciso reconhecê-lo.
Em um dos momentos mais quentes do evento, Dilma e Aécio trocaram farpas sobre a Petrobras quando o tucano indagou a petista se ela aproveitaria para pedir desculpas pela maneira que a empresa vem sendo administrada.
Dilma acusou o tucano de "leviandade", citando dados de produção de petróleo da empresa e o fato de a mesma ser a maior companhia da América Latina.
"É realmente uma leviandade a maneira como a Petrobras vem sendo administrada", insistiu Aécio.
(Reportagem de Eduardo Simões)