ANCARA (Reuters) - Nacionalistas de partidos de oposição na Turquia deixaram claro nesta sexta-feira que não apoiarão um governo minoritário, o que dificulta o objetivo do presidente turco, Tayyip Erdogan, de realizar eleições no país com o partido governista na liderança.
Conversas sobre a formação de uma grande coalizão entre o Partido AK e a principal legenda de oposição, CHP, foram rompidas na quinta-feira. Agora, uma eleição ainda neste ano é quase inevitável e o partido governista teve de recorrer ao partido nacionalista MHP para obter apoio.
A incerteza acontece em um momento no qual o país enfrenta uma confluência de ameaças à segurança nacional, como confrontos com insurgentes do Estado Islâmico em suas fronteiras e com militantes curdos internamente.
A lira, moeda nacional, chegou a mínimas recordes nesta sexta-feira e as ações tiveram pouca recuperação após as fortes quedas das sessões anteriores.
O AK não conseguiu manter sua maioria na eleição de 7 de junho, deixando o partido incapaz de governar sozinho pela primeira vez desde que chegou ao poder, em 2002, o que colocou a Turquia em um cenário de incertezas que não era visto desde as frágeis coalizões da década de 1990.
(Reportagem de Orhan Coskun e Ercan Gurses)