Por Juan Medina
A BORDO DO OPEN ARMS, COSTA DA SICÍLIA (Reuters) - Autoridades italianas retiraram 11 imigrantes do navio Open Armas, mas não garantiram o acesso da embarcação ao porto, deixando-o em mar com 62 imigrantes a bordo, afirmou neste domingo uma porta-voz para a missão espanhola de resgate.
Entre os retirados do navio estão duas crianças e suas famílias, várias pessoas sofrendo de queimaduras e um homem com um ferimento de bala em seu pé. Eles serão levados ao porto italiano de Augusta.
O Open Arms resgatou 73 imigrantes de um bote de borracha lotado que estava à deriva a cerca de 50 milhas da costa da Líbia na noite de quarta-feira e está procurando um porto seguro para os que estão a bordo.
A Itália permitiu que a embarcação adentrasse suas águas nacionais para se proteger de uma tempestade, mas até agora não permitiu que o navio aportasse, disse a organização filantrópica.
O chefe da missão Open Arms, Ricardo Gatti, que está a bordo do navio, disse que a organização pediu para atracar na Itália e em Malta, mas que não recebeu autorização. A Itália sugeriu que o navio atracasse no porto líbio de Trípoli, disse.
"Continuamos pedindo porto seguro para desembarcar, o que é uma obrigação legal do governo, de acordo com as convenções internacionais. Temos pessoas embarcadas que provavelmente precisam ser retiradas por conta de questões de saúde", disse Gatti.