Por Suchitra Mohanty e Alasdair Pal
NOVA DÉLHI/ISLAMABAD (Reuters) - As autoridades da Índia precisam de mais tempo para restaurar a ordem na Caxemira, disse um juiz da Suprema Corte nesta terça-feira, quando uma operação de repressão entrou em seu nono dia desde que Nova Délhi revogou o status especial da região, desencadeando protestos.
O tribunal está analisando a petição de um ativista que pede o fim dos limites impostos às comunicações e à movimentação, que transtornaram a vida cotidiana e os serviços essenciais da região dos Himalaias.
Linhas telefônicas, internet e redes de televisão estão inativos desde 5 de agosto, quando a Índia privou o Estado de Jammu e Caxemira do direito de formular suas próprias leis e permitiu que pessoas de fora comprem propriedades ali.
As restrições à movimentação e às reuniões, incluindo uma proibição a reuniões de mais de quatro pessoas, foram aplicadas com severidade em Srinagar, a principal cidade da região, nesta terça-feira.
Menaka Guruswamy, advogada do peticionário, disse que a corte deveria agir para restaurar os serviços hospitalares e reabrir as escolas.
"Isso é tudo que peço", disse ela à Suprema Corte em Nova Délhi.
O juiz Arun Mishra disse que o governo quer que a Caxemira volte à normalidade o mais cedo possível.
"A situação é tal que ninguém sabe o que está acontecendo. Deveríamos lhes dar tempo para restaurar a normalidade. Ninguém pode se arriscar 1%", disse Mishra.
O tribunal deve emitir sua decisão sobre a petição em alguns dias.